terça-feira, 16 de março de 2010

Pequenos, sim, mas independentes

Ainda na Educação Infantil, os alunos podem realizar tarefas com autonomia. Para aqueles que sempre esperam sua ajuda, o incentivo e o elogio são essenciais
É hora do recreio. A garotada toda corre até a pia para lavar as mãos. Na sala de aula fica apenas uma criança, esperando que o professor a acompanhe. Enquanto os colegas comem o lanche, o garoto, mais uma vez, aguarda que alguém o ajude. Na Educação Infantil, demonstrações de falta de autonomia como essa não são raras e indicam superproteção da família. Como a escola é o primeiro espaço de socialização que as crianças conhecem depois de sua casa, está em suas mãos torná-las independentes, de acordo com o que é esperado para cada faixa etária.
O pequeno aluno se retrai por acreditar que o mundo só pode ser explorado ao lado da pessoa que cuida dele a mãe, por exemplo. Curiosamente, é o próprio adulto quem estabelece essa relação de dependência, com isso, cria na criança o hábito de esperar que outros ajam da mesma maneira e, também, o medo de fazer algo sozinho.
É comum o adulto revelar a superproteção quando diz que precisa acompanhar o filho até a classe para que ele não chore.
De forma geral, os estudantes que sofrem ao se despedir do responsável são introvertidos e resistentes a novas experiências. Quando recebem um comando de ação, ir ao parque, por exemplo, ficam estáticos.
O segredo é conquistar a confiança das crianças.
Para avaliar se um aluno é mesmo dependente, o ideal é observá-lo em várias atividades dentro e fora da sala de aula. É importante nunca julgá-lo com base em uma única constatação e nem dar a ele um "rótulo" que poderá causar traumas. Um garoto pode se revelar independente em uma aula-passeio e não em classe. Só com essa diversidade de situações o docente consegue verificar em quais o estudante se sai bem e demonstra mais segurança e iniciativa.
homem é a única espécie animal que tem grande dependência do outro nos primeiros anos de vida. Portanto, é natural que o bebê seja cercado de cuidados. Gradualmente, a criança se torna capaz de assumir tarefas e assim desenvolve sua autonomia. Isso acontece conforme é estimulada pelas pessoas que estão ao redor dela.

Você só vai ter sucesso nessa tarefa se ganhar a confiança dos pequenos. Um período de adaptação com a presença dos familiares é de grande ajuda. Os pais podem passar para o filho um sentimento de segurança no novo ambiente. "Se a professora pede à turma para buscar um material e a criança permanece sentada, a mãe a incentiva a acompanhar os amigos. No dia-a-dia, é preciso garantir às crianças afeto, companhia constante, atenção e cuidados. o docente tem de proporcionar aos alunos tudo o que o responsável por eles dá em casa. Depois que os pequenos estiverem adaptados, é hora de mostrar que são capazes de realizar tarefas sozinhos, mesmo que não seja esse o costume em casa. A hora do lanche é uma ótima oportunidade. As crianças se sentem orgulhosas em comer sem ajuda.
Vários desafios vão surgir e serão produtivos na busca pela independência da meninada. Quando você pedir aos alunos para realizar tarefas que ainda não fazem parte do seu dia-a-dia como abotoar roupas ou amarrar sapatos, acompanhe de perto a execução e os incentive, mas nunca faça nada por eles. As atividades que proporcionam a interação com os colegas também são ricas oportunidades de crescimento. E não se esqueça dos elogios, que são valiosos.
Diga: "Que bom! Você fez isso sozinho!"

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